segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Batalha entre duas generosidades

Coluna da Martha Medeiros!
Quando vejo reportagens femininas que buscam desvendar o que as mulheres levam na bolsa, sempre me surpreende a falta de um objeto de uso fundamental. Está lá o batom, o celular, o iPod, mas e um livro? Nem pensar? O mercado editorial já assimilou a potencialidade dos pockets books e, até onde sei, eles vendem bem. Como não venderiam? São pequenos, baratos e oferecem títulos de primeira. Eu sempre carrego um dentro da bolsa, porque nunca se sabe quando terei que encarar uma fila ou uma sala de espera.

O último livro que andou partilhando a intimidade da minha bolsa foi A Felicidade Conjugal, de Tolstoi. Com essa obra, o russo, além de exterminar de vez a discussão boba sobre diferenças entre literatura feminina e masculina (a gente jura que é uma mulher escrevendo), consegue revelar de forma brilhante (e ao mesmo tempo, perturbadora) o segredo que mantém tantos casais unidos: homens se sacrificam, mulheres se sacrificam, e fica mais tempo junto o casal que tiver o maior potencial de generosidade.

Parece, mas não é uma notícia alentadora. É literariamente bonito, daria uma boa novela das seis, mas, de minha parte, meu sonho não é um homem que sacrifique seus desejos em detrimento dos meus, e vice-e-versa. O que Tolstoi define elegantemente como uma “uma batalha entre duas generosidades”, nós, os mundanos, chamamos de “concessões”. Essa palavra mais sugere uma batalha jurídica do que de generosidade, mas é tudo a mesma coisa.

Óbvio que temos que conceder. O tempo inteiro, desde que nascemos. A começar pelo âmbito familiar, ainda que nesse ringue as regras sejam criadas coletivamente. Mas quando casamos com o senhor fulano de tal, ou com a dona sicrana da silva, que vieram sabe-se lá de onde e amparados por quais fundamentos, a concessão vira o calcanhar de Aquiles do contrato. Ele adora dançar, você odeia música alta. Ela adora natureza, você não suporta passarinho. Mas se amam, olha que situação. Quem cede quanto?

A felicidade conjugal só sobrevive quando os dois dão sua cota de sacrifício da forma menos dolorida possível. Ninguém morre se tiver que dançar um pouquinho ou se tiver que passar um final de semana no sítio, isso é cláusula previamente acertada e nem comporta a rigidez da palavra “sacrifício”.

Mas e se você tiver que enfrentar uns “nunca mais” pela frente? E se os seus sonhos de juventude tiverem que ser enterrados? E se o seu trabalho ficar comprometido? E se sua vida virar um palco e você tiver que assumir um personagem 24 horas por dia? E se sentir saudades de alguém que você já não é mais? Não pense que isso é dramatismo. É mais comum do que se imagina. Tem pessoas que renunciam a si mesmas e só percebem isso quando não há mais retorno possível.

Generosidade, mesmo, é você permitir e incentivar que o amor da sua vida seja exatamente como ele é, e ele retribuir na mesma moeda, sem querer mudar você nem um naquinho assim.

Mas esse romance ainda está para ser escrito.

Adoro a Martha Medeiros!

Jornalismo

Neste domingo, foi publicada na Zero Hora, uma entrevista com Patrícia Poeta, apresentadora do Fantástico. Achei ótima definição dela sobre jornalismo.

ZH - O melhor e o pior de uma vida de jornalista.

Patrícia Poeta - É uma profissão que te dá o mundo. E te tira todos os horários...

domingo, 18 de janeiro de 2009

Perdi minha trema...

A nova regra ortográfica da língua portuguesa talvez suma de vez com a minha trema. As pessoas mais ligadas a mim sabem que durante muito tempo corrigi as que me chamavam de "Schultz", pois esse L não existe aí já soletrava meu sobrenome é SCHÜ(U tremado) TZ, que tem som de I, portanto se fala chitz. Até que um renomado assessor soltou a pérola na sala de imprensa - Perderam a trema do U da Glauce Schütz quem achar favor devolver. Gozações a parte rs, acho que depois da reformulação das regras que aboliu a trema, apesar de meu sobrenome não ter perdido rs por ser alemão, acredito que tenha que desistir da correção já que daqui um tempo ninguém vai mesmo saber o que é a famosa trema hehehe.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Estréia no Kart

Essa nova foto de capa do blog marcou a minha estréia no kart, na corrida do jornalistas, na final da Seletiva Petrobras, na Granja Viana. O momento foi todo registrado pelo meu amigo Fabio Oliveira, como se não bastasse Nei Tessari fez o registro também no http://www.allkart.net/news/noticias.php3?action=Show&id=9369
Para minha primeira vez digamos que não foi da melhores... larguei de último e só não cheguei na mesma posição porque alguns colegas tiveram seus karts avariados rs...
Apesar do Cássio confessar que eu sou um perigo para os outros participantes, agora quero andar sempre rs... vou me preparar e na próxima estarei mais competitiva.